LIXO PLÁSTICO CIRCULAR
O desafio é solucionar o déficit de moradia própria para pessoas de baixa renda, um problema crônico para as populações de todos os países da América Latina e Caribe.
A solução é criar maior demanda do mercado de construção civil para reciclar, absorver e reutilizar o lixo plástico reciclável em forma de tijolos, isolamento térmico, asfalto e insumo para impressoras 3D, criando novos postos de trabalho e renda, monetizando os coletores que participam do projeto.
Com uma maior demanda pelo lixo plástico reutilizado como matéria-prima pelo setor de construção civil, os coletores poderão sustentar suas famílias através deste sistema inteligente de economia circular, que beneficia a sociedade nos campos sócia, ecológico e econômico.
O problema que o projeto se propõe a solucionar é o déficit de moradias próprias e dignas das famílias de baixa renda. A escala do problema atinge pelo menos 10% da população da cidade onde vivo, Belo Horizonte (MG), que tem o déficit habitacional é de 173 mil moradias.
Segundo o site iadb.orb/pt, o BID estima que “...uma em cada três famílias da América Latina e Caribe, ou 59 milhões de pessoas, vive em uma moradia inadequada ou construída com materiais de baixa qualidade.”
O alto índice de desemprego ou subempregos com baixos salários e a especulação imobiliária nas grandes cidades, que eleva o custo do metro quadrado das moradias, dificultam que as famílias de baixa renda adquiram casa própria mesmo através dos programas de habitação dos governos, pois estes exigem uma renda familiar mínima.
Em Belo Horizonte há 6 associações de coletores de lixo reciclável, com cerca de 3000 coletores associados. Eles são responsáveis por grande parte da coleta do lixo reciclável produzido na cidade. Desse total, cerca de 15% são de diversos tipos de plástico. Cada coletor consegue recolher até 600 kilos de lixo reciclável por dia e sua renda mensal é de R$571,56 (US 137,39).
O Brasil perde R$8 bi (USD 1,92 bi) por ano por não reciclar seu lixo em níveis mais altos. Apesar disso, o país tem o maior índice de reciclagem de latas de alumínio do mundo: 98,4%. O trabalho da equipe PLASTICOIN é conscientizar os coletores de que o mesmo resultado conquistado com as latas de alumínio pode ser repetido com os diversos tipos de lixo plástico. Ao mesmo tempo, temos conversado com pequenas e médias construtoras a aceitarem participar de um projeto piloto que recicla plástico em tijolos, isolamento térmico, asfalto e insumo para impressoras 3D. O projeto tem apenas 6 meses e os resultados ainda não são satisfatórios. As empresas ainda não estão certas de investir no projeto, razão pela qual nossa equipe busca aporte de aceleradoras de start ups.
A solução consiste em usar a estrutura das associações de coletores de lixo recicláveis existentes para focar na coleta e seleção de diversos tipos de plásticos que serão transformados em matéria-prima para o setor de construção civil. O plástico será reciclado e transformado em tijolos ecológicos, placas de isolamento térmico para construções, base para produção de asfalto e insumo para impressoras 3D. A tecnologia utilizada é a da trituração do plástico para os diversos usos, como é feito no projeto Plastic Bank, de David Katz.
Os benefícios deste mercado abrangem os campos social, ambiental e econômico. reduz gastos públicos com serviço de coleta de lixo, diminui a pressão sobre os aterros sanitários, promove a inclusão social, divulga a consciência ecológica, reduz o custo de produção de materiais, dá acesso aos serviços de aposentadoria e saúde pública, aumentando sua auto-estima como pessoa e cidadão útil frente à sociedade. (2017). No Brasil, atualmente, a coleta de material reciclável com foco nos diversos tipos de plásticos é a alternativa social, ecológica e economicamente mais viável para potencializar a economia circular, reduzindo o problema crônico do lixo urbano e criando novas vagas de emprego com bons rendimentos para grande parte da população pobre.
- Permite que o setor público, especialmente os municípios, possam realizar testes e implementar sistemas novos e inovadores em sua gestão de resíduos
- Protótipo
O fator out-of-box da solução PLASTICOIN está na conversão de lixo plástico em matéria-prima para o setor da construção civil utilizando tecnologias já testadas e comprovadas para a transformação de plástico em tijolos ecológicos mais leves, resistentes e baratos; em placas de isolamento térmico que permitirá o conforto climático dos moradores gasto de energia com uso de ar-condicionados; uso do plástico como base para produção de asfalto ecológico; e produção de insumo para impressora 3D aplicada a estruturas de moldes de engenharia.
Tornando o plástico mais valioso através de suas várias aplicações na construção civil, esta matéria passará a ser objeto de coleta cobiçado em meio ao lixo reciclável. Com um maior valor no mercado, o plástico retornará à sociedade em forma de benefícios práticos e úteis, permitindo que o público-alvo do projeto, os coletores de material reciclável, obtenham renda mensal superior que lhes permita comprar sua casa própria. Em sua versão 2.0, o projeto PLASTICOIN prevê um aplicativo que gerencie todos os coletores cadastrados, colocando-os em contato com a comunidade, que poderá contratar seus serviços de maneira específica, como coleta de lixo de um show de rock, por exemplo.
O projeto PLASTICOIN tem como pilar a criação da demanda por lixo plástico reciclado. Esta reciclagem será focada em produtos de uso frequente em um grande setor da economia, que é a construção civil.
Uma vez que se consiga que as construtoras utilizem tijolos, placas de isolamento térmico, asfalto e insumo para impressora 3D produzidas com plástico reciclado, o valor desta matéria se tornará tão interessante que será economicamente viável investir na coleta de todo o lixo plástico de uma cidade para transformá-lo em um novo bem de consumo e retorná-lo para a sociedade com muitos benefícios.
No início do processo, os coletores verão nos 7 tipos de lixo plástico um valor de mercado nunca antes alcançado e que agora poderá ser explorado de maneira produtiva. É um sistema de economia circular em que existe uma relação de simbiose benéfica a todos os envolvidos na cadeia de produção: coletores, empresas, meio ambiente, mercado, consumidores.
Além do plástico, há os outros materiais que também serão reciclados e gerarão lucro, como vidro, metal e papel, mas que não são o foco, já que o projeto tem foco principal na reutilização do lixo plástico, transformando-o em novos produtos úteis à sociedade.
- Mulheres e meninas
- Crianças e adolescentes
- Terceira idade
- População urbana
- População carente
- Baixa Renda
- Minorias / Populações que já foram excluídas
Como o projeto PLASTICOIN tem apenas 6 meses de execução, envolvendo 6 associações de coletores de lixo reciclável de Belo Horizonte, seu alcance ainda é bastante limitado. Apesar das associações terem 6000 pessoas envolvidas, pode-se dizer que apenas 600 (10%) dos coletores foram alcançados pela solução, mesmo que de maneira experimental.
Depois de 1 ano de implementação do PLASTICOIN, a meta é alcançar entre 1500 e 2500 coletores. Reconhecemos que nossa expectativa de alcance é pequena, mas as dificuldades burocráticas em relação ao projeto nos pedem prudência ao projetar números futuros. No entanto, acreditamos que a ideia é consistente, viável e benéfica a todas as partes envolvidas, motivo pelo qual as dificuldades são apenas uma questão de tempo para serem superadas.
Após 5 anos de projetos, PLASTICOIN projeta um cenário em que estará atingindo os 6000 coletores da cidade e expandido suas atividades para grandes cidades do país como São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória, Salvador e Brasília, alcançando entre 150 e 200 mil coletores de material reciclável, impactando positivamente na vida de pelo menos mais 800 mil pessoas de suas famílias.
Após 6 meses de projeto piloto, a solução pode ser avaliada como tendo impacto positivo, embora ainda muito pequenos. Na dimensão ambiental, o maior impacto foi em relação ao maior conhecimento dos coletores sobre os diversos tipos de plásticos e em que outros produtos eles podem ser transformados depois de triturados, como tijolos, asfalto e isolantes térmicos. As palestras sobre o plástico fizeram com que muitos mudassem alguns hábitos, como usar menos sacolas plásticas durante as compras.
Na dimensão social, os 600 coletores envolvidos se mostraram sensibilizados, interessados em se engajar no projeto e colaborar para que tenha sucesso e retorno demonstrado nas projeções das metas. A possibilidade de que a renda deles aumente significativamente com este novo mercado para o lixo plástico, que será absorvido pela construção civil, fez com que eles se dispusessem a seguir as orientações em relação à coleta e separação do lixo plástico.
Na dimensão econômica, na prática ainda não causou um impacto significante, mas as projeções de lucros a partir do primeiro ano do projeto implantado fizeram com que eles tenham esperança em uma renda maior, com mais conforto e qualidade de vida para suas famílias.
Para o começo de 2021, PLASTICOIN espera ter alcançado entre 1500 e 2500 coletores ou mais. Mas o principal objetivo neste primeiro ano será fazer novas parcerias com construtoras, realizar reuniões com políticos do poder executivo, responsáveis pela criação das leis, realizar contatos com ativistas ecológicos que possam agregar valor ao projeto, reunir voluntários que possam auxiliar na coordenação das equipes das associações e contagiar a sociedade em torno do projeto, pois é ela a maior beneficiada, no geral.
Em 5 anos, o cenário do PLASTICOIN prevê alcançar entre 150 e 200 mil coletores e impactar na qualidade de vida de mais 800 pessoas que fazem parte do núcleo familiar dos trabalhadores. Porém, em paralelo, planejamos disseminar esta ideia primeiro nos países vizinhos, como Argentina, Uruguai, Paraguai, Peru e Bolívia, criando uma espécie de “franquia PLASTICOIN” junto com líderes e ativistas sociais e ecológicos destes países e assim poder atingir milhões de pessoas de forma direta e indireta. Não temos dados de quantos milhões de pessoas de baixa renda poderiam se beneficiar do projeto PLASTICOIN nos países vizinhos do Brasil. Depois desta etapa, o próximo passo será levar a solução para a América Central e Caribe.
As barreiras às metas propostas pelo PLASTICOIN são principalmente a descrença do mercado de construção civil em relação ao potencial de sucesso da ideia, a burocracia de leis municipais que atrapalham algumas parcerias. Para o prazo de 5 anos, as barreiras são as mesmas, mas em mercados diferentes.
A estratégia do PLASTICOIN para conseguir um maior número de construtoras adeptas da ideia é demonstrar em campo o processo funcionando. Mas para isso precisamos que o projeto piloto seja executado por alguns meses mais. Embora alguns empresários do setor tenham sinalizado que gostaram da ideia, na prática ainda não firmaram parceria que permitiria testar o projeto de maneira mais realista e com dados mais confiáveis.
Além de buscarmos investidores anjo e aceleradoras de start ups, uma das razões de estarmos participando deste desafio é conseguir notoriedade internacional para chamar a atenção dos empresários do ramo de construção civil, dos políticos do legislativo e até mesmo das muitas associações de coletores de outros lugares que ainda não conhecem o projeto PLASTICOIN.
Alinhamento com políticos responsáveis pela criação das leis também é um outro fronte que investimos na tentativa de conseguir simpatizantes e adeptos à causa, pois estes agentes poderiam facilitar a implantação do projeto ao diminuir a burocracia existente atualmente.
- Planejo expandir a implementação da minha solução para a América Latina e o Caribe
Embora o projeto PLASTICOIN seja muito embrionário, ele é bastante ambicioso e foi avaliado positivamente por empresários, jornalistas e professores universitários. Como dito anteriormente, a intenção é expandir o modelo de negócio para países vizinhos ao Brasil e depois para Caribe e América Central.
A oportunidade de mercado é latente, uma vez que o sucesso do projeto depende de se convencer o setor de construção civil de cada mercado a aceitar as novas aplicações do lixo plástico reciclável e monetizar os coletores no início da cadeia do processo. Teoricamente, o universo atingível do projeto PLASTICOIN é de 59 milhões de pessoas que não possuem uma casa própria na América Latina e Caribe. Entre estes, uma boa parcela faz parte de associações de coletores de material reciclável e seria diretamente beneficiado pelo projeto.
Em resumo, PLASTICOIN tem a intenção de reduzir o lixo plástico para transformá-lo em novos bens de consumo que servirão para reduzir custos da construção civil e aumentar a renda dos coletores do lixo plástico, formando um genuíno sistema de economia circular simbiótica.
- Híbrido con fines de lucro y sin fines de lucro
PLASTICOIN nasceu de um projeto de design criado para a plataforma de crowdsourcing francesa eYeka. Após o projeto ser eliminado, decidi colocá-lo em prática como projeto piloto ainda meio utópico. Nesta fase apenas eu estava envolvido.
Dois meses depois, 2 amigos se juntaram a mim e o projeto ficou maior e mais robusto. Atualmente somos 3 pessoas envolvidas diretamente, contando com ajuda de 6 voluntários em algumas funções.
Márcio Fróis, 47
Designer (design thinking), ativista ecológico e social, vencedor do concurso da Unilever pela plataforma de crowdsourcing eYeka, ao criar um sistema de bicicleta ergométrica usada para gerar energia para filtrar água para populações carentes da África.
Antônio Pinheiro, 38
Professor universitário de biologia da UFMG, atuante em desenvolvimento de soluções criativas no setor da saúde e educação utilizando gamificação, ativista ecológico e social.
Emília Pimentel, 52
Pedagoga, organizadora de feira de artesanato criado a partir de materiais reciclados, membro da ASMARE – Associação de Coletores de Material Reciclado, possui vasta experiência em tecnologia de transformação de plásticos em outros bens de consumo duráveis.
Para o projeto piloto de PLASTICOIN, foram feitas parcerias com associações de coletores cadastradas na prefeitura da cidade: ASMARE, ASSOCIRECICLE, COOMARP PAMPULHA, COOPEMAR OESTE, COOPESOL LESTE, COOPERSOLI BARREIRO. Estas parcerias permitem que a equipe PLASTICOIN faça palestras e workshops com os coletores, explicando o projeto e mostrando seu potencial. Em troca, os coletores que se interessaram pelo projeto dão prioridade à coleta de lixo plástico reciclável.
Parceria com a UFMG, universidade federal que presta assessoria tecnológica no processo de trituração da matéria plástica e transformação em bens de consumo propostos no projeto.
PLASTICOIN tem o objetivo de dar maior valor ao lixo plástico para que ele se transforme em fonte de renda que ajude milhares ou milhões de famílias a se sustentarem economicamente através da coleta deste material. Os coletores são os principais clientes e através do aumento de sua renda familiar mensal, poderão ter condições de se cadastrar nos planos de financiamento de habitação dos governos para adquirir sua casa própria. (segundo o BID, 59 milhões de pessoas não possuem casa própria na América Latina e Caribe).
Para criar a demanda pelo lixo plástico, o material será reciclado e transformado em tijolos, isolante térmico, matéria-prima para asfalto e insumo para impressora 3D. Quando se transforma nestes bens de consumo, o lixo plástico passa a ter maior valor de mercado. Estes produtos serão oferecidos ao setor de construção civil, que poderá reduzir custos e fazer parte da economia circular, reduzindo o lixo plástico e aumentando a renda dos coletores, o que permitirá que eles consigam comprar sua casa própria.
ECONOMIA CIRCULAR PLASTICOIN
COLETOR >>> LIXO PLÁSTICO >>> RECICLAGEM >>>
TIJOLOS, ISOLAMENTO TÉRMICO, ASFALTO, INSUMO IMPRESSORA 3D >>> CONSTRUÇÃO CIVIL >>> COLETOR ($) >>> LIXO PLÁSTICO >>> RECICLAGEM....
Além da busca de um investidor anjo para o projeto PLASTICOIN, a ideia é cobrar uma porcentagem das empresas de construção civil pela conexão com o sistema de economia circular, que reduzirá os gastos em matérias-primas para as empresas. Mas isto só se tornará realidade a partir do momento em que o projeto estiver funcionando com sucesso.
Para manter o projeto, estamos elaborando um site de doações de pessoas e empresas, aproveitando para manter contato com os doadores e transformá-los em voluntários ou agente ativos do projeto.
O Grupo BID poderá usar sua influência junto ao legislativo de cada governo para aprovar leis que beneficiem a redução efetiva do uso do plástico de maneira lenta e progressiva, evitando danos ao mercado e às empresas produtoras deste material.
Vencer o desafio será uma poderosa chancela que ajudará a alavancar mais parcerias, abrindo caminhos burocráticos e ajudando a atrair empresários do setor de construção civil para o projeto do qual o BID é parceira e principal interessado em seu sucesso.
- Modelo de negócios
- Tecnologia
- Distribuição
- Modelo de financiamento e receita
- Talento o miembros de la junta
- Legal
- Monitoramento e avaliação
- Mídia e oportunidades para palestrar
Parcerias com o PLASTIC BANK, liderado pelo canadense DAVID KATZ, com a LIFE VEST INSIDE, da americana Orly Wahba, com o SEBRAE (Brasil), instituição que incentiva o empreendedorismo, FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS (Brasil), instituição de ensino e gestão de projetos e negócios seriam de grande ajuda para o desenvolvimento e o sucesso do projeto PLASTICOIN. Aloha!!!
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