BIPPEC - Bioplástico a partir de material de reuso
Você sabia que só essa semana, um brasileiro comum possivelmente gerou 1kg de lixo plástico? Que um italiano gera essa mesma quantidade só que em 5 dias. E que algúem que mora na indonésia em 10 dias?
E para onde vai todo esse lixo? O que estamos fazendo a respeito?
Meu projeto desenvolve o BIPPEC: bioplástico, desenvolvido a partir de material de reuso, descartado por indústrias brasileiras. Visa um produto final sustentável e barato, que possa atingir a população local, os interesses de mercados nacionais e porque não globais?
O projeto nasceu da preocupação de conscientizar a comunidade sobre a responsabilidade social e ambiental de cada indivíduo em torno do uso indiscriminado de plásticos e materiais não renováveis e a preocupação acadêmica de gerar propostas viáveis, confeccionando produtos finais que possam contribuir de forma significativa para uma diminuição/substituição do uso dos plásticos convencionais, através do uso de materiais que seriam descartados.
Os humanos produziram cerca de 8,3 bilhões de toneladas de lixo plástico desde a década de 1950 e a previsão é de que esta cifra aumente para cerca de 34 bilhões de toneladas em 2050. Estima-se que a produção de plástico cresça 40% na próxima década devido o grade uso de plástico por vários setores consumidores. Qual o problema? Só em termo de oceano, há perto de 300 milhões de toneladas de plástico (que equivalem cerca de 11 trilhões de garrafas plásticas de 500mL) e essa estimava tende a dobrar em 11 anos.
Neste contexto, RE-PENSAR se faz necessário! Surge assim os Bioplásticos.
O interesse do mercado global em BIOPLÁSTICOS é crescente e extremamente otimista e deverá continuar nos próximos anos. Apesar de ainda apresentar custos de produção superiores aos polímeros convencionais (40% mais caros), estes materiais designados como “biodegradáveis” ou “verdes”, têm sido objeto de extensas pesquisas e avaliações.
Neste contexto, o projeto desenvolve o BIPPEC como uma alternativa sustentável e barata, baseada na utilização de subprodutos produzidos em indústrias brasileiras ainda não pensados para este fim, o que torna o projeto um importante ponto de partida, devido à possibilidade de aproveitamento econômico, importância ecológica na remoção de resíduos, e inovação.
O projeto vem sendo desenvolvido em uma instituição de ensino localizado na baixada fluminense do Rio de Janeiro, longe de grandes centros e perto de problemas muitas vezes desconhecidos por muitos.
Foi pensando junto com os alunos desta instituição de ensino, re-pensando problemáticas atuais, observadas ao redor da instituição, no cotidiano das rotinas de aulas.
Partiu deles (alunos) a iniciativa de envolver em um "ciclo de conscientização" a comunidade acadêmica (alunos e funcionários) e a comunidade local, a respeito da problemática do lixo plástico.
Auxilio nos estudos técnicos para o desenvolvimento do BIPPEC, mas o mais bonito de trabalhar é na agregação de todos: rodas de conversas, apresentação de conceitos, problemas, possíveis soluções e alternativas. Atrair a população interna e externa, visando além de conscientizar, informar, alertar, capacitar e encorajar a fazerem a diferença, a re-pensarem suas atitudes e posturas e repassarem a ideia de mudança e melhoria a diante, isso faz nesse projeto o ponto principal.
Acredita-se que a aproximação das duas esferas: academia-comunidade (população) é fundamental para o desenvolvimento e concretização do projeto, e melhoria da realidade local. Mas a aproximação das três esferas: academia-comunidade-empresa, é promissora para um futuro sustentável generalizado, com potencial de atingir esferas globais.
A proposta é a criação de um novo bioplástico (BIPPEC), altamente versátil, biodegradável e mais barato do que os bioplásticos comerciais. Visa uma alternativa para o uso inconsciente de plásticos, e também uma contribuição para a melhoria na formação acadêmica e conscientização social e ambiental de alunos e comunidade através da pesquisa aplicada.
- Academicamente objetiva-se a confecção e avaliação da biodegradação do bioplástico (BIPPEC) produzido a partir de matéria prima isolada de um bio-resíduo industrial. Para este fim, realizou-se: Estudo da Extração do material; Avaliação da formação de filmes(útil para a produção de sacolas); Avaliação da formação de peças(útil para a produção de copos, bandejas, etc); Estudo da biodegradação em solo.
- Socialmente busca-se uma aproximação com a comunidade através de um movimento de conscientização social/ambiental. Agregar e acolher a comunidade (população) à academia é ampliar o ciclo de responsabilidade sustentável.
Em termos de processos: No isolamento da matéria-prima: desenvolveu-se uma metologia inovadora e sustentável (diferente dos relatos das literaturas de apoio) de isolamento deste material. É importante lembrar que o Brasil é responsável por 53% da produção mundial e 80% do comércio internacional desse produto. Esta proposta se torna uma importante alternativa para o bio-material descartado.
Nos estudos para a confecção de biofilmes:obteve-se protótipos resistentes e maleáveis; estudos de formação de peças:conduziram a peças firmes e moldáveis. É importante mencionar que se utiliza nesta etapa glicerina (como plastificante). Atualmente é produzida a partir de óleo de soja reutilizado (visando tornar a instituição de pesquisa um ponto de coleta de óleo usado e produzir, em paralelo, sabão para a comunidade – fortalecendo a relação academia–comunidade). Ou poderá ser obtida em futuras parcerias com empresas de produção de biodiesel. A crescente produção de biodiesel no Brasil gera um aumento da oferta de glicerina, co-produto deste processo (parcerias como estas fortaleceria a relação academia–empresa).
Os estudos da biodegradação dos materiais obtidos até então apresentaram uma biodegradabilidade rápida. Quanto a durabilidade os protótipos obtidos apresentaram validade longa. Algumas limitações encontradas estão sendo estudadas para aprimoramento do produto final. Porém com mais tempo e um futuro maior apoio a pesquisa, o projeto tem potencial de grandes alcances.
Em termos de tecnologias: Utiliza-se o laboratório da instituição de ensino, equipamentos e materiais disponíveis. Muitos processos são "adaptados" devido as condições do laboratório e restrições de materiais. Isso leva a limitações para o melhor desenvolvimento do projeto. Mas dentre tudo, os resultados apontam para um produto final promissor.
- Reduz plásticos e resíduos de uso único, promovendo mudanças no comportamento do consumidor e incentivando o reuso e a reciclagem
- Protótipo
É a criação de um novo produto (Bioplástico), baseado em um novo conceito de reuso (possibilidade de aproveitamento econômico e importância ecológica) além de se preocupar com a conscientização social e ambiental mútua de indivíduos englobando de forma inovadora três importantes esferas da sociedade: academia-comunidade-empresas.
Sem dúvida é uma ideia inovadora com alto potencial!
A pergunta que fica na maioria dos projetos acadêmicos é: “Onde se quer chegar com essa ideia?”. Um produto? Uma nova técnica? Um novo método? Não é fácil em muitas realidades acadêmicas desenvolver projetos que respondam de forma coerente essas perguntas.
O que tento em minhas propostas de pesquisa é de fato criar alternativas reais que possam contribuir para alguma esfera (seja ela academia, comunidade ou empresa). Mas a proposta deste projeto foi criada visando desenvolver uma alternativa que atinja “o todo”: produção e análise de materiais, formação discente, e conscientização de responsabilidade ambiental, social e econômica, nas três esferas. Por que não imaginar um futuro com embalagens bioplásticas sustentáveis, sem causar mal à saúde e ao ambiente? E por que não imaginar essas embalagens a partir de propostas acadêmicas com materiais de reuso embasados nas três esferas: academia-comunidade-empresa?
O presente projeto de inovação foi pensado visando uma alternativa real para o uso indiscriminado de plásticos convencionais, mas mais que isso, incluir alunos nesta iniciativa, a fim de conscientizá-los, assim como a comunidade, da importância da participação de cada indivíduo nesta preocupação de mudança de hábitos, na responsabilidade social e ambiental de cada um. A proposta já foi iniciada com investigações ainda preliminares, mas já se observa resultados iniciais promissores. A parceria com a comunidade e empresas é uma etapa importante que se busca nesta inovação, além de difundir os resultados finais obtidos de forma a aproximar a comunidade e empresas à realidade de futuros sustentáveis:economicamente, socialmente a ambientalmente melhores.
- População rural
- População urbana
- População carente
- Baixa Renda
- Classe média
- Empresários
- Brasil
- Brasil
1. 2-3 mil (alunos, funcionários da instituição em que trabalho, pais próximos a escola, parentes e amigos. Todos que conhecem a pesquisa e o movimento do ciclo-sustentável que tentamos implementar com o projeto);
2. 4-6 mil (ampliar o projeto, alcançar as indústrias e um mercado investidor/apoiador);
3. milhares (alcançar as casas das pessoas, os supermercados, as grandes indústrias e porque não setores internacionais?)
Envolve os três impactos de forma altamente positiva:
-Ambientalmente bom, por se tratar de uma proposta que visa resolver uma problemática ambiental importante e urgente: a dos lixos plásticos;
-Socialmente bom, por envolver comunidades e pessoas na causa da conscientização e responsabilidade como indivíduos. Podemos mudar hábitos, nos preocupar mais com o amanhã, com o que fazemos hoje que afetará o depois. Pensar em conjunto, em sociedade, em ambiente. Re-pensar nas atitudes!
-Economicamente bom, por envolver a produção de um produto final que visa ser barato, que visa atingir o mercado e a vida das pessoas de forma positiva, além de reduzir impactos para indústrias que produzem a matéria prima de interesse para a confecção do produto final (os co-produtos ou bio-resíduos).
Em 1 ano: Finalizar os protótipos, resolver as limitações e conseguir parecerias que agreguem ao projeto;
Em 5 anos: estar com os protótipos finalizados e já em experimentação fora da academia: alcançando indústrias, empresas, mercados, as casas das pessoas, promovendo mudanças.
Basicamente: financeira e técnica
A infraestrutura para o desenvolvimento do projeto (laboratórios, equipamentos, espaços...) são extremamente restritas e precárias; Não se tem investimentos, na maior parte do tempo realiza-se as pesquisas com doações ou apoio de verbas internas da instituição - pequenas, mas que auxiliam em consertar equipamentos quebrados, ou fazer manutenções);
Não se tem os equipamentos necessários (trabalha-se com a maioria do tempo equipamentos adaptados, ou "criados" de forma a auxiliar nos processos necessários), espaço ou materiais são restritos e nem sempre disponíveis; o apoio é bem pequeno o que resulta em atrasos nas pesquisas e pouca evolução em tempos rápidos.
Perde-se muito tempo tentando resolver questões voltadas a essas limitações do que propriamente questões de melhoria no projeto.
Em 1 ano pretende-se investir no aprofundamento dos estudos, resolver as limitações e conseguir parcerias para melhorar as condições de pesquisa, para que em 5 os objetivos sejam alcançados.
Com protótipos finalizados, podendo ser utilizados como modelos, pode ser proposto parcerias com diversos setores, o que ajudaria a deslanchar o desenvolvimento de mais alternativas. Exemplo: a produção de biofilmes encontra-se mais adiantada, com mais alguns detalhes os filmes estariam adequados a virarem sacolas biodegradáveis, o que poderia atrair a atenção de futuros investidores, indústrias, empresas...e com esse apoio investir mais atenção nos estudos de bio-peças, visando melhorar os protótipos para a produção de bandejas e copos.
A meta é continuar os estudos e investigações até que se encontre uma alternativa final possível de ser atrativa a nível investidor (embora em minha opinião já seja).
- Planejo expandir a implementação da minha solução para a América Latina e o Caribe
As oportunidades de mercado são infinitas: inicialmente, é claro, atingiria primeiro o Brasil, comércios locais, regionais e empresas brasileiras. Futuramente atingiria um mercado global, multinacionais, e indústrias que forem interessadas em serem sustentáveis e participarem da mudança que o ciclo de mudança de hábitos gera.
Especificamente: atingiria o Mercado de sacolas plásticas, badejas, copos, e outros acessórios plásticos que serão aprimorados com o aprofundamento dos estudos.
- Otros, por ejemplo, parte de una organización más grande (explique a continuación)
Minha equipe faz parte de uma instituição de ensino: Sou docente e desenvolvo o projeto com alunos desta instituição.
Atualmente 4.
Eu como orientadora e supervisora do projeto e mais três alunas em meio expediente (intercalados);
Já participou dos estudos preliminares desta pesquisa mais outros 6 alunos que atualmente estão prestes a se formar e não participam mais do projeto.
(Essa também pode ser considerada uma limitação do projeto, por ser uma instituição de ensino, os alunos participam enquanto estão nos períodos regulares de estudo, até se formarem).
O projeto vem sendo desenvolvido a 1 ano e obteve-se resultados que nos levam a produtos finais que podem resolver o problema.
Foi desenvolvido forma de extrair a matéria prima, diferentes formulações para confeccionar biofilmes e peças, estudos de biodegradação, e tem-se protótipos com propriedades interessantes.
Foram feitas muitas experimentações e análises, e com capacitação técnica, acredita-se estarmos preparados para oferecer nossa pesquisa como alternativa para a problemática exposta.
Apenas com Universidade Estadual do Rio de Janeiro, onde forma realizados os estudos mecânicos nos biofilmes produzidos.
É uma parceria sem apoio financeiro, apenas são cedidos momentos onde os equipamentos podem ser utilizados para a realização dos testes.
A proposta pensa em gerar receita e promover impacto movendo três vias:
a) empresas fornecedoras (e/ou que utilizam) sacolas plásticas e acessórios plásticos;
b) indústrias produtoras das matérias primas de reuso (componentes integrantes da formulação do bioplástico produzido no projeto);
c) população
a_ Pretende-se ter como cliente as indústrias alimentícias, empresas fornecedoras de sacolas plásticas e acessórios plásticos e ou empresas que utilizam essas espécies e que compram os bioplásticos atualmente disponíveis no mercado por preços elevados, ou as que mantém o consumo de plásticos não ambientalmente amigáveis. Essas seriam beneficiárias diretas. Atualmente a preocupação ambiental se faz importante para consumidores e que vende. Portanto adquirir um produto melhor ambientalmente falando é mais sinônimo de mais vendas e mais lucro para estas.
b_ Os beneficiários indiretos seriam as indústrias/empresas parceiras (fornecedoras de resíduos de albedo - descartados) e de biodisel (fornecedores de glicerina - resíduo). Estas teriam seus gastos com tratamento de resíduos diminuído, sendo beneficiadas indiretamente, podendo serem beneficiadas diretamente também, se precisarem comprar um bioplástico ambientalmente amigável ao ambiente e mais barato - no caso o BIPPEC (meu projeto).
c_A população seria beneficiária direta: receberá os materiais de qualidade, ambientalmente amigáveis e com custo inferior, além de possíveis gerações de empregos da população local, com a criação de um grande pólo industrial de produção de bioplástico inovador e sustentável na baixada fluminense.
A princípio parceria com as indústrias produtoras dos resíduos utilizados como matérias primas. Com o capital não gasto com tratamento de seus resíduos e rejeitos, gera economia pra empresa e possível investimento no projeto que utiliza seus rejeitos.
Com investimentos iniciais, pretende-se expandir o espaço de pesquisa, criar um espaço de produção equipado e adequado pra produzir em quantidade. Com produtos finais pretende-se vender para os potenciais beneficiários (acima mencionados) - que terão no BIPPEC um produto mais barato e sustentável;
Com a receita sendo gerada, amplia-se o negócio, contrata-se mão de obra (população local, recém formados da instituição) - gera-se emprego, gera-se oportunidades, gera-se produtos inovadores, de qualidade e sustentáveis. Agrega-se responsabilidade ambiental com produção e preço!
Ao longo prazo pretende-se ter um pólo industrial capaz de gerar produtos e investir em pesquisas aplicadas que atinjam a sociedade e os mercados de forma sustentável.
Por acreditar que meu projeto é bom, inovador e pode auxiliar muito na problemática do lixo plástico.
Tem sido desenvolvido com muito sacrifício e dedicação, mesmo com várias limitações.
Tem inspirado pessoas que não acreditavam ser possível desenvolver pesquisa de ponta em uma instituição localizada na baixada fluminense do Rio de Janeiro.
Porque influencia positivamente alunos, e pessoas envolvidas a re-pensarem, a mudarem hábitos, a contagiarem com uma rede do bem, de mudança, de conscientização.
Por tudo isso, acredito que o apoio de um grupo tão importante como o BID, através de um desafio tão importante como esse, que trás reflexão, pode ampliar ainda mais esse rede sustentável, de mudanças. Além é claro de melhorar as condições de continuar estudando e investindo na proposta. Melhorar as condições de pesquisa para que novos produtos sejam desenvolvidos e novas pessoas influenciadas positivamente.
Tem muito mais envolvido nesse desafio. Mais que só produzir um produto ou uma solução. E Acredito que meu projeto tem esse "mais" !
- Modelo de negócios
- Tecnologia
- Distribuição
- Modelo de financiamento e receita
- Legal
- Mídia e oportunidades para palestrar
Grandes produtores da matéria prima principal da formulação: referente aos bio-rejeitos descartados;
Grandes empresas de biodisel: referente a glicerina utilizada como plastificante (co-produto);
Grandes indústrias produtoras de sacolas plásticas; empresas de produção de plásticos, empresas que utilizam plásticos de alguma forma etc.