A turma da Reciclagem
O que acontece em relação a problemática do plástico é que algumas comunidades precisam vincular-se em uma relação de responsabilidade e ação conjunta. A questão do plástico é primordial pois direciona a outros resíduos através de uma "práxis" sustentável. É o caso das famílias de uma comunidade, elas podem amontoar seus resíduos e com a formação de um espaço de praxis coletiva, alcança-se um fazer conjunto que utilize a arte como ponte entre a escola/educação e a comunidade portadora de resíduos. Se uma mãe separa seu resíduo, seu filho leva-o a escola, lá ele aprende a manuseá-lo com a ajuda do projeto "A turma da reciclagem" a partir da Rede Teatro do Oprimido (Amazônia); o aluno pode transformar todo esse resíduo no seu próprio material escolar; pode gerar renda; pode formar outros jovens; pode levar a técnica para a sua comunidade, a partir de uma ação consciente e uma prática sustentável.
O problema se dá em escala mundial, porém, utilizando os dados empíricos de jovens da região metropolitana de Belém/PA (Brasil); esta região produz em média 70% mais do que consegue reciclar, ou seja, não há investimento em ações extensionistas que abarquem a REutilização destes resíduos; há comunidades inteiras que sofrem com o acúmulo dos ditos "aterros/lixões", que são lugares escolhidos pelas representações municipais e estaduais para sediarem todos os resíduos da região; estas comunidades perecem com o forte odor além de doenças e incômodos e prejuízos ao bem viver em comunidade nesses espaços. As ações precisam ser diretas, não há como culpabilizar uma população que de fato não tem estrutura social e nem econômica de gozar do "bem viver"; é necessário pessoas engajadas que multipliquem o pensamento e compartilhem as experiencias para que haja uma grande força de combate a estas violências ao meio ambiente, ao ecossistema e a vida em comunidade.
De modo geral, a comunidade de fala a qual pertenço é o povo a qual eu estou servindo. Como cidadão, artista, pesquisador, munícipe, ser humano; é uma dívida histórica com a natureza e os povos que foram obrigados a trabalhar de forma exploradora durante séculos (antes d'eu nascer), ou seja, o dever desta geração pensante, que consegue estar de forma menos massacradora nos ambientes de trabalho que as gerações anteriores é que são as percussoras deste movimento ecoativista. A solução de integrar as comunidades Escolares e as famílias do entorno atende as necessidades pois conecta os próprios moradores a partir de um ideal que é a distribuição destes materiais para a população. Há técnicas inúmeras que podem abarcar uma série de novos objetos com o resíduo que é jogado de forma impensada no lixo.
A geração imediata de dois ambientes: O primeiro é um espaço físico que abarque os resíduos, além da conexão com outros espaços de reciclagem já existentes na região. O segundo é a utilização de espaços de convivência do próprio município para a formação destas oficinas permanentes de reciclagem (escolas, igrejas, quintais...). A partir disto, a conexão se dá sequencialmente entre associação de moradores-coordenação pedagógica escolar-aluno. Há as inscrições para o projeto; Há as formações com as técnicas utilizadas (ex: criação de bonecos com o resíduo; criação de objetos como bolsas, cadernos, bonés etc. utilizando os resíduos segundo as técnicas e tecnologias já existentes). Por fim, a formação deste grupo, o retorno deste grupo para suas comunidades de pertencimento, por fim novos personagens recicladores tomam as técnicas e as aplicam para as gerações posteriores; o trabalho manual é imprescindível pois o contato com o resíduo humaniza as relações e questiona sobre a quantidade de resíduo nós desperdiçamos de forma inconsciente e inconsequente. A partir disto, desde o material escolar até as indumentárias para a casa, os eventos já previstos pelas comunidades, todas estas atividades estarão sendo amparadas pela sustentabilidade e a possibilidade ínfima de marcar significativamente a vida das comunidades amazonidas (quiçá o mundo) partindo de um incentivo, de um grupo, de alguma coisa... A turma da Reciclagem na verdade é uma peça de teatro que como solução para a o repensar do plástico é perfeito, pois, como peça de teatro, utiliza a técnica da manipulação de objetos, objetos estes que podem ser confeccionados com estes resíduos, com o material adequado, dentro de sala de aula. Com isto, a apresentação de teatro é feita, a oficina de bonecos e objetos também e a circulação pode ser feita em âmbito regional mas se, porventura, os resultados forem positivos, as proporções passam a expandir-se de forma orgânica.
- Reduce single-use plastics and waste through promoting consumer behavior change and incentivizing re-use and recycling
- Enable the public sector, especially municipalities, to pilot and implement new and innovative systems in their waste management
- Scale
As comunidades originárias no Brasil são invisibilizadas segundo a história, seus saberes comungam da harmonia com a natureza; portanto, a passagem de conhecimento de forma oral, tátil, sensorial, de comunidade para comunidade, de "mais experiente" para "aprendiz", tendo, cada um sua função, é algo que comunga de uma metodologia anárquica em relação ao ponderil europeu dentro das relações de poder e socialização. Há, portanto, uma necessidade de afirmar que as ações mais rústicas, o contato entre mãos e obra é fundamental, enquanto não houver 40-50-60 minutos de calma, de confecção, de manuseio de objetos, de conversas, de cuidado... enquanto não houver este amago na confecção destes objetos, não haverá consciência, pois, se não houver humanização destas relações capitalistas. O que está pronto a ser comercializado perde o valor simbólico, torna-se algo consumível e depois desprezível, o que a confecção manual é completamente contra, portanto, é uma ação a longo prazo que se bem direcionada, pode mudar gerações, resgatar valores ancestrais e tornar a Amazônia o foco da pesquisa e práxis com sustentabilidade.
O problema não poderá ser solucionado pois é uma configuração histórica, é uma ferramenta que alimenta as relações capitalistas... portanto, a "Teoria da Mudança" na verdade tem de ser investida na humanização das relações, ou seja, explicando detalhadamente: Pessoas negras, LGBTI+, quilombolas, refugiados... grupos subalternizados precisam tomar a frente em proponencia destes projetos pois é necessário construir novas narrativas; ex: Uma mulher travesti que ministra a oficina de resíduos é um exemplo perfeito de subversão da lógica já historicamente construída, ou seja, o sujeito, a sujeita, ganha força para entrar em ação, ganha oportunidade de compartilhar seu movimento, seu asë, suas técnicas e, com isto, muda um imaginário... As relações com as crianças e os jovens se transforma, o esteriótipo começa a ser desconstruído e um novo momento chega. É imprescindível esta sensibilidade, este olhar, para que este dinheiro seja bem aplicado, para que estas ações se concretizem para além do objeto mas sim para a formação de uma nova forma de pensar e transver o mundo.
- Women & Girls
- Children & Adolescents
- Elderly
- Rural Residents
- Urban Residents
- Very Poor
- Low-Income
- Minorities/Previously Excluded Populations
- Refugees/Internally Displaced Persons
- Persons with Disabilities
- Brazil
- Brasil
O que outras pessoas estão dizendo estas relações, a oralidade é um fato histórico, é uma tecnologia ancestral que não cabe em quantificações. O exemplo que cabe aqui é o fato de os padres e Eclesiastes de 1600 no Brasil utilizarem do TEATRO para perpetuar seus fundamentos cristãos, ou seja, a oralidade foi fator exponencial para a disseminação de uma doutrina impositória em relação as diversidades já existentes. A dívida é histórica e o preço é pago pelas populações originárias e advindas da áfrica no Brasil. É imprescindível contribuir para a disseminação destes saberes em sustentabilidade e natureza para que haja HUMANIZAÇÃO das relações.
Os impactos deste trabalho implicam no amadurecimento de crianças e jovens que expõem seus sentimentos de forma mais madura, mais expansiva, mais jovial; implica na aquisição de técnicas que contribuam para a renda da juventude que pode utilizar este resíduo como forma de trabalho; de forma a recolher resíduos pelas comunidades; socialmente constrói relações mais humanas e menos "robóticas" em espaços de formação escolar; economicamente a aquisição deste conhecimento traz vantagens em relação a juventude que busca autonomia.
Disseminar O Teatro do Oprimido, resgatar memórias para fundamentá-lo na realidade AMAZONIDA e, utilizar os resíduos das comunidades para a práxis do T
Disseminar O Teatro do Oprimido, resgatar memórias para fundamentá-lo na realidade AMAZONIDA e, utilizar os resíduos das comunidades para a práxis do Teatro que está sendo proposto.
Basta investimento em capital para que a lógica de sobrevivencia possa se transformar em objetivos; o atual estado no Brasil é crítico e a juventude hoje em dia recorre ao trabalho de forma que não consegue pensar criticamente. É necessário pensar, estimular a isto, é necessário criar oportunidades para o pensamento crítico baseado no sujeito que está em ação.
- My solution is already being implemented in Latin America and the Caribbean
Disseminação dos fundamentos do Teatro do Oprimido pela região interiorana da Amazonia e também na região metropolitana utilizando resíduos e técnicas ancestrais de derretimento de plástico para confecção de objetos, figurinos, cenografia...
O que outras pessoas estão dizendo
- Hybrid of for-profit and nonprofit
O que outras pessoas estão dizendo
Atualmente há em torno de 6 pessoas na conexão da rede. Mas é algo a ser mudado caso haja investimento em potencial.
Pois estamos geograficamente no espaço mais prejudicado pelas ações de destruição da natureza nas Américas, Amazônia Brasileira.
o Teatro do Oprimido é uma práxis divulgada pelo mundo, portanto, no Brasil, o CTO - Rio de Janeiro, tem dado apoio na formação desta rede.
Na região metropolitana há empresas e pessoas físicas que já exercem o trabalho e possuem os conhecimentos necessários para o processo de reciclagem destes resíduos, em termos de receita estas figuras serão convocadas para este trabalho. Assim como há pessoas no ambito de outras técnicas, sendo elas de Teatro do Oprimido para fundamentar e aguçar o olhar crítico em relação ao mundo, partindo do real, portanto, técnicas ancestrais somadas a um olhar crítico do real geram impactos reais na sociedade.
A empresa e a instituição social são a mesma coisa.